sábado, 26 de junho de 2010




"Não era nada com você. Ou quase nada. Estou tão desintegrada. Atravessei o resto da noite encarando minha desintegração. Joguei sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor. Difícil explicar. Muitas coisas duras por dentro. Farpas. Uma pressa, uma urgência.E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça. E sempre tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir, sem prestar atenção se estou ferindo o outro também. Não queria fazer mal a você. Não queria que você chorasse. Não queria cobrar absolutamente nada."





sexta-feira, 25 de junho de 2010

"Frágil você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Um dia mandará um cartão-postal de algum lugar improvável. Bali, Madagascar, Sumatra. Escreverá: penso em você. Deve ser bonito, mesmo melancólico, alguém que se foi pensar em você num lugar improvável como esse. Você se comove com o que não acontece, você sente frio e medo. Parado atrás da vidraça, olhando a chuva que, aos poucos começa a passar."


Mais uma vez umedeci de lágrimas meu travesseiro. Por não conseguir te amar, te considerar como alguém importante e, isso me corrói.

Então é isso:
  1. te deixar seguir
  2. tomar um porre
  3. encontrar um novo amor.

quarta-feira, 23 de junho de 2010






"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso."






Onde está o meu tal humor infalível? Estou sem reação, sem reação diante de qualquer coisa - qualquer coisa mesmo. Não consigo completar os meus pensamento, não consigo não pensar nos pesadelos; não sei por mais quanto tempo aguentarei tudo isso.

Não estou triste; desiludida; sem esperanças; sem fé; com depressão.
Estou apenas indiferente, indiferente mesmo! Sem expectativas ou nostalgia. Mesmo com tanta coisa confunsa acontecendo eu consigo seguir em frente e fingir naturalidade, sabe? Mesmo assim eu acabo transparecendo descontrole (...) Me resta ver onde tudo isso vai dar e esperar, esperar, esperar pelo MELHOR! se é que isso vai acontecer. Estou onde mereço estar.

Cansei, cansei, cansei de tentar me explicar, de tentar justificar essa dor que não vai acabar, quero parar de pensar, parar com tudo. Tchau. Cansei de verdade (sem drama). O que vai mudar se eu escrever/gritar/falar/compartilhar? Não muda nada, tudo sempre volta! Volta mais forte, mais fraco, volta! volta e volta! As vezes tento "camuflar" mais não adianta ela continua lá... rasgando, comendo tudo! E o pior: sempre quer mais! Não se contenta e vive pedindo mais, pede o que eu não possuo, o que eu não quero dar. Então é isso, apenas isso.


R-E-S-U-M-I-N-D-O:

Sinto uma pressa, uma urgência. E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer.

Durma bem essa noite, só essa noite.


sábado, 19 de junho de 2010

"Ah, fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, noites afora, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não conseguirás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro estranho o cheiro preciso dele."


Estou tão cansada e mesmo assim não consigo parar um pouco e pensar. Estou exausta, desgastada, arruinada, entregue as traças e quem sabe aos vermes.
Sem dramas, por favor.

E
stou onde nunca consegui sair. Não quero nada. Não quero amores, não quero amigos, não quero cartas, poemas. Não quero sair, não quero dançar, cantar. Não quero tudo, não quero nada. Eu sei que é preciso acabar com esse medo de ser tocada lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso. Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Estou melhorando, sempre melhoro e se ficar heavy metal demais, dou o fora.
Ele tá fazendo questão de ser frio e essas inúteis palavras não o aquecerão. Não chegarão até ele e nem ao menos me fará bem. Faço questão de parar, de me jogar no extenso ridiculo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Se alguém lhe ama e com o passar do tempo, ela te dizer que te ama, acaba não sendo o suficiente, e passamos a exigir mais dessa pessoa. Só o que se fala, não basta, queremos provas. Depois, as provas também perdem seu sentido, e queremos ações....até que essa pessoa, cansada, começa a desistir de nos amar. Depois que acaba, a pessoa ainda se pergunta: mas você não me amava? E as provas, e tudo o que você disse e prometeu? Onde fica? Fica, no cemitério dos relacionamentos infelizes. Acredito que a culpa dos relacionamentos fracassados, não seja a questão de “gênios” ou muito menos ‘incompatibilidade’. Começamos a ver defeitos, e nossa natureza egoísta e egocêntrica, eternamente insatisfeita, começa a nos desviar o olhar, do que realmente importa em um relacionamento. Estar juntos”.


Parece inacreditável mais assim que eu terminei de ler isso e pensar em você o telefone tocou e era você. Minhas mãos tremeram, meu coração disparou (sem exagero, por favor) de verdade!, me senti uma tola, uma descompassada. Pensei em milhões de coisas.


Sua voz, ah! A sua voz! Você queria apenas me dar um singelo abraço e eu queria poder me perder pra ver se te encontrava. Não são meras palavras, nem um mundo paralelo; fantasia; sonho; loucura; carência. Dessa vez estou “FALANDO EM LETRAS GARRAFAIS” até o que o meu orgulho nunca quis me deixar falar, sem pedras nas mãos, sem expressões ardilosas, sem máscaras, sem nada. Eu falei, falei tanto e acabei não dizendo que sentia sua falta. Falei a verdade sem ser mesquinha. Perguntei como estava sua vida e percebi seu esforço pra falar que ela estava bem e que vocês estavam tentando. Uma angustia, um desejo.


Queria ver o brilho nos teus olhos e sentir teu medo.
Queria poder passar essa noite com você.
Não é carência, não sei se é amor. Não sei sentir.

Sei apenas que não quero desestruturar a sua vida e muito menos lhe causar transtornos. Sei que muitas coisas me fazem lembrar você. Sei que não consigo te tirar da cabeça. Sei que no fundo você não consegue se libertar de mim e se esforça muito pra que isso um dia aconteça. Sei que você vai esperar, porque mesmo que isso não seja amor, o que quer que seja será movido por isso. Eu ainda não estou preparada. Você sabe, você me tem.