segunda-feira, 1 de novembro de 2010


Machuquei a mim mesmo hoje
Pra ver se eu ainda sinto
Eu focalizo a dor
É a única coisa real
A agulha abre um buraco
A velha picada familiar
Tento matá-la de todos os jeitos
Mas eu me lembro de tudo
Se eu pudesse começar de novo
A milhões de milhas daqui
Eu poderia me encontrar
Eu poderia achar um caminho

(Hurt - Johnny Cash)



A vontade de desistir já é a LUTA!




Estou estática,
muda,
totalmente inerte.













Não acho explicações e nem as procuro. Na verdade, tudo isso é um processo de aprendizagem, certo? Mais que tipo de aprendizagem? É aquela que tipo a gente precisa ‘regredir’, voltar etapas, rever conceitos, ‘viver na pele’? Mais isso é perca de tempo. Diria que isso está mais para ‘rasteira do destino’ do que ‘aprendizagem’. Ah, desde quando é preciso voltar ao início duas vezes para pegar a mesma estrada? Quem disse que é errando que a gente aprende mais? Quem foi mesmo que disse para eu ter cuidado, prestar mais atenção, SEMPRE seguir o caminho certo, andar com pessoas corretas, pensar mais no futuro, ser uma boa pessoa, quem foi mesmo? E quem procurou me escutar, me entender, me explicar que eu poderia dar a volta por cima, que eu deveria ‘tomar a dianteira’, que nem tudo estava perdido... Quem foi esse? Sempre os mesmos erros... Os mesmos fracassos, as piores frustrações, as repetidas noites de insônia (mútua), o mesmo lugar errado e nunca um plano infalível. Os pensamentos continuam iguais, certo? Autodestrutivos, pequenos, mesquinhos, avarentos, usurpadores e pessimistas, não é mesmo? E mesmo assim eu sei que não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma?
Sem dramas. Por favor.
Então sem frases de incentivo! Do tipo: expressões célebres: “eu sabia que você não iria dar valor; você não reconhece NADA; você não ama ninguém; você sempre escolhe o que é errado; você só engole o que lhe convém; você não escuta ninguém... Enfim, sem maiores transtornos. POR FAVOR.
Vive pensando, correndo de um lado pro outro, nadando contra a correnteza... Gastando tempo com problemas insolúveis e não consegue sair do lugar... Nem ao menos se CONTROLAR. Não cansa de testar limites, deturpar a ordem, trazer o caos para dentro de si. Não se satisfaz com as migalhas, nem com banquetes. Ainda não aprendeu que o segredo é só riscar uma linha no chão e seguir. Não aprende NADA. Seu teto não é de vidro, os cacos são o próprio teto. Deve ser por isso que não adianta jogar pedra em cima e nem tampouco tentar concertar né? Seu sorriso se dissipa em frações de segundos, seu olhar congela na primeira palavra, suas mãos tremem antes de qualquer aproximação, você não se liberta. Não se permite. Não se conhece e nem procura meios para que isso se torne menos doloroso. É mais fácil se conformar e continuar pensando que é assim que deve ser certo? Onde tudo isso vai parar? Vai parar é?
Porque a primeira palavra tem que ser o olhar de reprovação?

Porque o primeiro elogio tem que ser os defeitos gritantes?

Porque o conselho vem carregado de mágoas?

Porque te olham e não conseguem te ver?

O que não falta é tatu pra me levar pro buraco