terça-feira, 17 de abril de 2012

Escrevo o que eu quero (I)




Eu queria te contar tantas coisas. Só que prefiro deixar morrer nos pensamentos. O motivo? É que depois de tantos desencontros eu acho que você deve fazer um ‘juízo’ horrível de mim. Daqueles bem medíocres e mesquinhos - não que você seja o responsável por tais pensamentos. Indubitavelmente você foi induzido a isso. Enfim, mesmo sabendo que estou sendo exposta ao ridículo e aos seus julgamentos eu quero me arriscar: hoje não está sendo um dia ESPLENDOROSO ou cheio de cores e sabores. Estou reduzida a pó. Os motivos são inúmeros e os fatores extensos demais. Mais o que mais me deixa perturbada é que não me reconheço, são atitudes excêntricas em total demasia, futilidades carregadas de caprichos com um toque de arrogância, estupidez e rispidez. Estou cansada de mim. Estou exausta de ser quem eu não quero ser. Você consegue ler isso e não sentir pena do que eu me tornei? Eu preciso de tão pouco. Os excessos estão me transformando no que mais repudio. Tantas cores, sons, barulho, pessoas, pensamentos (...). Isso tudo soa com algum tom de desespero? Porque sinceramente isso está mais pra: automutilação do que pedido de ajuda pra um número de emergência que não existe e que você jamais atenderá. Não me leve a mal, acho que a audácia deve fazer parte da minha personalidade, é inevitável. Será que vale mesmo a pena?
(...)

Quase terminando de ler: Meia Hora de Cinismo, de França Júnior. (Viva a pândega!)

Escutando: A outra – Los Hermanos.
Bebendo: Chá gelado.