sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A paz onde ela está?



. (...) Talvez você ame o ódio.

Apesar de frequentemente ser tomada por pensamentos doentios procuro não me afastar do convívio social. Mesmo isso não sendo uma solução difícil eu me incomodo, quase sempre. Muitas coisas me causam aversão...nojo mesmo! Sinto um desgosto doente. Totalmente repugnante que de tão grande precisa ser expulsado, abortado mesmo.

Minha amargura tornou-se uma doença, um tipo de vício ou um mero defeito. O pior é que ela é a causadora de toda essa dor e sofrimento... e quase sempre todos que estão ao meu redor percebem e muitas vezes são atingidos por ela. Não sei explicar como consigo viver DIARIAMENTE com esse monstro fabuloso. Quase sempre essa sensação de sofrimento me remete à 'fiel convivência com os urubus do meu estômago'. Aqueles que bicam, rasgam tudo. Sem dó e piedade.
E por fim acabo suplicando a permanência do meu martírio. Pode parecer ridículo mais eu tenho medo de ganhar mais uma rasteira do destino. Até que isso contrasta bem com a minha ironia obsessiva. Não sei porque mais não consigo deixar de insistir nesse sentimento penoso e completamente vergonhoso.
Sou tomada por pressentimentos implacáveis que me reduzem a fios. Me torno uma coisa de pouco valor, intoxicada por um sentimento violento de ódio que passa a ser irreprimível e raramente me traz serenidade.

EU AMO O ÓDIO?

Porque não consigo demonstrar naturalmente algum tipo de carinho/ternura? Preciso mesmo me 'auto-repisar'? Por quanto tempo mais aguentarei me entorpecer de sofrimento-agonia-aflição-angústia-incredulidade-ofensas?
A paz onde ela está? preciso recriar? Talvez pense em tentar me reinventar. Ressurgir!
Sei que não possuo nenhuma qualidade inata, nem ao menos consigo realizar algum 'ato consciente' que me traga sossego. Preciso definitivamente entender que somente eu sou responsável pelos atos que pratico e que tenho necessidade de chegar a um lugar, atingir um objetivo.
Me parece irrefutável estar entregue ao sono. Não poso viver assim, NÃO MAIS.
Preciso falar que estou mal? Que preciso de algum tipo de ajuda? Não gosto e nem quero continuar gritando isso. Sempre achei isso ridículo, isso é ridículo. Sinceramente não preciso e nem sou digna de receber tanta pena. De verdade mesmo! Sem drama, choro ou vela.

... E eu ainda não sei se amo o ódio.



Nenhum comentário: